sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Vida...

Há uns anos atrás vinha eu a descer a Estrada Nacional nº 1 (actual IC 2), mesmo à entrada de Coimbra, com intenção de prosseguir pela ponte de Santa Clara, eis que de repente, e bem sem saber porque, corto à esquerda para passar em frente a uma grande escola “D. Duarte”,… quê?… a foca?..., não foi mesmo para matar saudades da escola,… estive então ao pé da entrada principal, isto na altura, sendo agora uma entrada lateral ou secundaria, pois… bem… a escola também é… hein?... ver o quê?... a foca…Mas o terrível foi mais à frente… o insólito… fiquei momentaneamente sem palavras… isto é como quem diz, sem pensamentos… pois na altura estava sozinho e a pensar… no local onde havia sido a “Dona Júlia”, era agora um amontoado de pedras organizadas, normalmente designadas por ruínas, frias e sem vida, e fora aquele local outrora, durante muitos anos, cheio de vida, uma atmosfera especial, onde quem viesse por bem era sempre bem vindo… na altura ainda não se falava, pelo menos à boca cheia, de in-sucesso escolar, falava-se e isso sim no out-sucesso, pois o sucesso era todo fora da escola… e as notas normalmente até eram medianas… pronto razoáveis… está bem acima do dez, e depois!... hã a foca!...

3 comentários:

C Geria disse...

Quem não se lembra das famosas sandes de rissol da Ti Júlia... e a foca?

Anónimo disse...

E os travesseiros de chocolate? E os peixinhos do café Stop? E o Geria... quero dizer...e a foca?

Anónimo disse...

Lembro-me dos rissois, do traçado de gasosa, das verdades e consequências, da Qta das Lágrimas, da Marta, do Luciano o Rei dos Arrotos, da professora de Matemática, da sala dos invisuais, do cheiro dos laboratórios, das pipetas, do átrio, do primeiro cigarro atrás das canas, da Olga que queria ser enfermeia e conseguiu, do Alfredo que era filho da professora de Biologia e que tinha 20 a tudo, do Licinio que voltei a ver uns anos mais tarde como "pica" da CP, do refeitório e da papelaria, da ponte de Sta Clara que me punha o cabelo em pé no inverno, da minha mala carregada com todos os livros de todas as disciplinas, da Teresa que era neta do senhor que vendia pipocas na Praça do Comércio, da outra Teresa que corria no Sporting e do irmão dela, grande bacano que agora é carteiro, lembro-me...