quinta-feira, 24 de abril de 2008

Quando te vi!

Quando te vi não me lembro. Não sei onde, nem em que dia. Não me lembro da roupa que usavas, nem da cor do céu. Não consigo recordar-me da estação do ano, nem do ano. Quando te vi não estava frio, nem calor. Quando te vi não tinhas o cabelo curto ou comprido, não sei se falaste ou simplesmente sorriste. Quando te vi…

Não sei o que fizeste mas imprimiste-te para além da minha retina. Sinto-o ainda hoje como se não tivesse tido tempo para ajustar a sensibilidade ao brilho dos teus olhos. Como se percorrido por um ataque surpresa de uma suave paralisia.

Não sei porquê mas quando sinto tudo ruir à minha volta fecho os olhos e deixo escorrer essa recordação tão boa, tão simples como simples sãos as coisas belas.

4 comentários:

Bárbara Quaresma disse...

"Quando os meus olhos te tocaram, eu senti que encontrara a outra metade de mim"...

C Geria disse...

Para ver mais além é sempre preciso fechar os olhos...

F Geria disse...

"Foi em setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio,
Nas mãos o calor de Agosto e um sorriso
Um sorriso tão grande que nunca tinha encontrado
Ouve, vamos ver o mar...
Foste o 30 de fevereiro de um ano que inventaram
Falamos, falamos coisas boas e acabamos, em silêncio,
Por unir as nossas bocas e eu aprendi a amar"

Vitor Espadinha - Recordar é viver

A vida é um mesclado de recordações...

Bárbara Quaresma disse...

"Sim, eu sei... Que tudo são recordações..."